FORÇA
FORÇA
Parafraseando a introdução do filme “O Último Castelo”, do ator Robert Redford, onde se diz que ao observar um castelo e ao estudar os elementos-chave que o tornam uma fortaleza, verifica-se que esses elementos-chave não mudaram, nem mesmo em 2000 anos. Estes elementos são os muros, a guarda e a bandeira.
A estes somam-se outros temas épicos relacionados como a lenda, o amor... todos esses elementos são o que Andrés Álvarez capta nesta sua fortaleza. Composto por encomenda da Câmara de Tomiño por ocasião da reabilitação da Fortaleza de San Lourenzo, este poema sinfónico foi estreado pelo Grupo Musical Goián em 2013, um ano após a sua composição.
Para além do protagonismo que a percussão sempre desempenha neste tipo de obras, serão os trompetes e os saxofones que introduzirão o ouvinte desta obra nas suas ideias temáticas. A aceleração rítmica e as mudanças na acentuação natural da batida, aliadas ao uso de tercinas, conseguem vislumbrar a ideia genuína do compositor. As notas finais longas com o ostinato rítmico agitado dos instrumentos de sopro criam a dinâmica existente neste tipo de composições, respeitando os canones pré-estabelecidos e aprovados pela passagem do tempo.